A "Lei do palhaço".



"Conta certa história que
numa determinada cidade apareceu um circo.
Entre os seus artistas havia um palhaço,
com um poder de divertir, sem medida, as pessoas da platéia.
O riso que provocava era tão bom,
tão profundo e natural que se tornava terapêutico.
Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas
passaram a ser indicados pelo médico do lugar
para que assistissem ao tal artista,
que ele mesmo tinha visto atuar e que possuía o dom
de fazer reduzir ou até mesmo eliminar angústias.
Um dia, porém, um morador desconhecido,
tomado de profunda depressão, procurou o médico.
Este então, sem relutar, indicou o circo
como o lugar de cura de todos os males daquela natureza,
de abrandamento de dores da alma,
de iluminação de todos os cantos escuros
de um "jeito perdido" de ser, de tristezas com ou sem causa.
O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta
e quando já estava saindo, virou-se,
olhou o médico nos olhos e sentenciou:
"Não posso procurar o circo... aí está o meu problema:
eu sou o palhaço!".
Por muitas vezes estamos bem, de uma hora para outra, algo acontece, e de repente nós podemos nos sentir a pior dos sofredores.
O pior e quando a alegria e falsa, e ela só existe para esconder a tristeza da alma.

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